domingo, 1 de novembro de 2009

Fotos

Fotos da viagem, click aqui para ver no photobucket,

Curiosidades sobre Buenos Aires

- A televisao eh super seria, praticamente so com programas de noticias.
- Tem manifestacoes e protestos todos os dias, em 4 dias, eu vi pessoalmente dois e os outros vi na TV.
- As pixacoes sao quase todas de cunho politico.
- Nem metro nem onibus tem lugar reservado para idosos. E eles nao dao o lugar (eu nao vi, pelo menos).
- Mendigo le jornal e nao pede dinheiro, fica com o chapeu do lado mas nao aborda ninguem pedindo.
- Pessoas tocam instrumentos no metro e sao aplaudidas, mas nao pedem dinheiro.
- Quase nao se ve policia na rua, mas as ruas sao tranquilas.
- A vida noturna eh muito forte.
- Os taxistas nao puxam assunto.
- Quase todas as casas e predios tem varandas, e as que nao tem, a janela toma a parede toda.
- A agua da torneira vem do rio, e ela eh um pouco diferente da nossa. Deixa o cabelo duro.
- Agua mineral eh cara. Compramos de uma marca barata, mas tinha gosto meio salgado.
- As pessoas fumam em qualquer lugar.
- Raramente se ve casais de maos dadas, abracados ou se beijando na rua.
- Alguns farois abrem tanto para pedestre quanto para os carros ao mesmo tempo.
- Os motoristas respeitam os pedestres, se voce atravessar no farol vermelho, eles param e nem buzinam.
- Os argentinos e as argentinas sao lindos demais.
- Tem cachorro em todo o lugar, inclusive os passeadores de cachorros. Ja tinha visto no RJ, pessoas que levavam 3 ou 4 cachorros e ganhavam para passea-los. Mas la eles tem licenca e podem levar ate 15 cachorros por vez!
- Prefectura nao eh prefeitura, e sim guarda costeira.

Quando eu lembrar mais coisa, eu posto.

Passeio no delta do Tigre

No ultimo dia, compramos o passeio do delta do rio Tigre. Saiu 100 dolares por pessoa, e achei meio caro, principalmente pq estavamos preocupados com o horario. Eu gostei, mas nao faria de novo.

Nos levaram de onibus ate uma cidadezinha no interior, dai pegamos um trem turistico, que a cada parada tinha coisas bonitas para se ver. Vimos, por exemplo, a casa oficial da presidente, essas coisas. Era um lugar bem rico, com varios casoes enormes.

Depois do trenzinho, pegamos um barco que nos levou pelo delta do rio tigre e depois dentro do rio da prata ate buenos aires. Nesse dia estava chovendo e frio, e por isso o passeio de barco nao foi tao bom, ja que nao dava pra ficar do lado de fora por causa da chuva.

Passamos por diversas ilhotas, onde as pessoas tem casas, e aquilo eh incrivel. As pessoas moram de frente pro rio, tem os mercados flutuantes que param nas casas, tem a escola, hospital, tem tudo. E algumas dessas casas sao alugadas por temporadas tambem, para quem quer passar as ferias no rio.

O rio da prata eh gigante, tem 200km de extensao, entao de uma margem, nao se ve a outra, parece o mar. A agua eh marrom, meio barrenta. E a profundidade do rio eh ridicula, coisa de 2 metros so. Em alguns lugares eh 6 metros, porque toda semana o rio eh cavado, senao os barcos nao poderiam atracas nos portos.

O passeio terminou em Porto Madero num restaurante, comemos correndo e fomos embora na chuva, pegamos um taxi e fomos correndo. Chegamos no hotel, pegamos a van da CVC que nos levou ate o aeroporto.

Comprei varias coisas no FreeShop de la, que eh maior e mais barato que o de Sao Paulo. O voo nao atrasou na volta, deu 2 horas e 20 de voo. Tava chovendo, mas deu tudo certo.

Fim.

Nota da viagem: 10

Ficou com gostinho de quero mais!

Hard Rock Cafe

A noite fomos ao Hard Rock Cafe.
Tinha fila na entrada, ficamos tirando foto e logo nos chamaram. Ali todos foram extremamente simpaticos com a gente.

Nao que os argentinos nao sejam simpaticos, eles sao muito prestativos e educados, mas nao sao tao calorosos quanto os brasileiros. E ali no HardRock eles foram bem simpaticos, bem no estilo do Brasil.

Sentamos, pegamos o cardapio, queriamos pedir TUDO! Pedimos uma porcao de carnes, veio frango, bife e costela, batata frita, muito tempero... maravilhoso. Pedimos outro lanche, e eles foram legais de avisarem que nao era pra pedir uma porcao de batata porque o lanche acompanha batatas.

Tomei um drink louco la com absinto, muito gostoso.

Saiu tudo uns 130 pesos. Pagamos os 10% com muito gosto. O garcon que nos atendeu parecia o Angus Young do ACDC, e ainda tentou falar em portugues com a gente, quando percebeu que eramos brasileiros.

Tinhamos pego no hotel um papel que nos dava um brinde se gastassemos mais de 50 pesos, e no papel dizia que era um brinde por cupom. Achamos que eles nao iam querer dar 2 brindes pra nos, mesmo com dois cupons e gastando mais de 100 pesos (q daria 50 pra cada). Mas a gente nem precisou discutir, eles deram os 2 brindes sem a gente precisar pedir.

O brinde era um bottom bonitinho do hardrock.
As roupas na lojinha de souvenir eram bem caras, dai nao compramos nada.
O Hardorck fica num bairro nobre, nao tinha tanto turista, mas da pra ver que eh um barzinho mais caro mesmo, a clientela era mais chique.

O taxi ate o hotel deu 10 pesos.
Amei o Hard rock Cafe, pena que nao tem em SP.

Zoo de Lujan

No terceiro dia de viagem, nao contratamos nenhum passeio, fizemos esse por nossa conta, ao Zoologico de uma cidade proxima chamada Lujan.

Vi na internet sobre esse zoologico, onde alguns animais ficam soltos e voce pode ter contato direto com eles, fiquei encantada e quis conhecer.

Como iamos passear por conta, pedimos um mapa no hotel, e nos deram um desses promocionais. Depois fomos ver, chamava Mapa Gay de Buenos Aires. Foi bem engracado, porque tinha varias propagandas de "casas de massagem" nas costas do mapa, e nos abriamos ele toda hora, e as pessoas so viam os comerciais. hehehe

Primeiro fomos ao Banco de La Nacion, trocar pesos por moedas. La os onibus so aceitam moedas. Tem no banco um caixa so para trocar moedas, eh muito engracado. Trocamos logo 50 pesos, o cara coloca numa maquininha que solta o dinheiro que voce pede num saquinho plastico. E voce sai assim, igual ao doutor chapatins, com um saco de moedinhas.

Pegamos o metro, que custa 1,10 pesos. O metro eh decadente. As estacoes sao lindas, cheias de obras de artes, mas eh sujo, feio, caindo aos pedacos. Onde esta escrito "nao se apoie nas portas", as pessoas realmente nao apoiam... fica na duvida se eh educacao ou se as portas de la abrem.

Descemos em Palermo, na Plaza di Italia. La pegamos o onibus para Lujan, custou 10 pesos cada um. O onibus tambem, caindo aos pedacos, velho e barulhento. O motorista fumou uns 3 cigarros ate chegarmos em Lujan. Nao tem cobrador, voce fala pro motorista onde quer ir, ele coloca no terminal dele, e sai o quanto voce deve pagar para a maquina. Dai voce poe as moedas, a maquina te da um recibo e pronto. Nao tem catraca tambem.

Pedi pro motorista avisar quando chegasse no zoologico, porque li na net que ficava no meio do nada. E realmente fica. Demorou umas 2 horas pra chegar la, eh no interior. Antes passou por outras cidadezinhas.
O motorista disse que era nosso ponto, bem no meio da estrada. Descemos, tinha uma placa indicando onde era o zoo. Andamos ate la.

Para entrar custou 40 pesos por pessoa. Achei meio caro, mas depois descobri que vale a pena, ja que tudo ta incluso: os passeios de elefante, de dromedario, o trenzinho, etc. Tudo ta incluido no preco, voce so paga a mais se quiser comprar coisas.

Logo na entrada tem um cara que vende comida para os animais, custou 10 pesos e veio MUITA comida. Eram saquinhos com racoes. Ele disse que eu podia dar para todos os animais herbivoros. Acho que eles vendem mais barato menos comida, mas como eu nao perguntei, o cara me vendeu logo o tamanho familia. Mas tudo bem, eu me diverti muito dando comida.

Os patos ficam soltos, eles veem que voce tem comida, fica te seguindo o tempo inteiro! Eles sao meio chatos hehehe Um pato furou minha sacola e comecou a cair a comida, sorte que eu tinha outra sacola, dai tomei mais cuidado.
La tem muito inseto e o chao eh de barro, tem que ir de tenis, e se tiver repelente, eh bom passar, protetor solar tambem.

Na verdade, nao tem muitos animais para ver. Vimos tudo muito rapido. O legal eh fazer as coisas diferentes. Vamos la:

1- Passeio de elefante: Andei em cima de um elefante. Eles tem dois. Ele da uma voltinha pequena com a pessoa em cima, e com o tratador em cima tambem. Quando eu fui la, nao tinha fila e so tava o tratador com o elefante, e o elefante parecia feliz, eles tava brincando. Dai quando eu cheguei, ele disse algo pro elefante, e o elefante ficou no lugar, eu subi uma escada, subi nas costas dele, me segurei no tratador, porque balanca muito. A pele dele eh muito dura, dai demos a voltinha, tiramos foto e voltou ao lugar para eu descer a escadinha.
Tem dois elefantes, que eles alternam. O outro elefante estava tomando banho quando eu passei, parecia um elefante alegre tambem. Eles sao um casal, acredito que eu tenha andado de elefoa.

2- Passeio de dromedario: La tem varios dromedarios, eu contei 9, mas talvez tenha mais, tinha 2 que eram criancas. O dromedario era o mesmo esquema que o elefante. Mas tambem era permitido alimenta-lo. O tratador te da uma cenoura, e voce pode dar na boca do dromedario.
Vi um povo pondo a cenoura na propria boca e o dromedario pega, tipo dando um beijo. Eu quis fazer, fiz e foi engracado. Mas ele mal encosta, no maximo sente o bigode do dromedario.
O dromedario balanca tambem, mas nao tanto, e nele pode cavalgar sozinho. O pelo dele eh bem grosso, nao eh macio.

3- Varios animais: Tem araras que ficam soltas, e se voce quer, o tratador chama, elas veem, e pousam no seu ombro. Tem outro dromedario que voce pode alimentar e ele fica num lugar onde tem umas piramides atras, para poder tirar foto. Esse dromedario, assim como os do passeio, sao trocados em turnos, para nao cansa-los.
Tem cabritos e porquinhos que voce pode dar mamadeira.
E por ultimo coelhos, que voce pode pegar no colo! Eu amei, neh... tinha um igual ao meu coelho, igualzinho. Peguei varios coelhinhos. Eu que conheco coelho, vi que eles estavam bem tratados.

4- Filhote de Leao: Tinha uns filhotes de Leao, acho que 8 deles. Sao filhos dos leoes adultos de la. Eles eram lindos, e podia entrar e fazem carinho neles. Dai nos entramos, e fizemos carinho num leaozinho. Ele gostou, que ate ficou com a barriga pra cima pra ganhar mais carinho. Era bem macio. So nao podia por a mao no rosto do leaozinho.

5- Lhamas: as lhamas eram um show a parte. Tinha algumas totalmente soltas, assim como os patos. E quando elas viam que voce tinha comida, elas te seguiam e faziam olhar pidao. Era muito engracado, tinha uma que eu me afeicoei mais, dei muita comida pra ela. Ela ficava perto de mim, me lambia a mao, me cheirava, era muito legal, deixava eu abraca-la.
Tinha comida no parque pra ela, como feno, agua, racao. Mas elas preferiam pegar das nossas maos.

6- Animais herbivoros: Eles ficam em cercadinhos baixos, e pode alimentar e fazer carinho neles. Nisso esta incluido: cavalo, cabra, carneiro, lhama, bode, burro, cervo, porcos, etc. Eles sao todos mansos, curiosos, e comem na sua mao. Nao gostam de carinho no rosto, mas no corpo eles nao ligam.

7- Animais para olhar: tem os leoes, tigres, puma, macacos e leoes marinhos. Parece que pode comprar a comida do leao marinho e alimenta-los, mas quando eu fui nao tinha ninguem vendendo e nem estava aberto, so podia olhar de longe.
Li em alguns lugares que as pessoas tambem podiam entrar na jaula dos felinos grandes, mas quando fui la tinha placas de uma lei de 2009 dizendo que era proibido entrar na jaula deles.
Esses felinos sao criados junto com cachorros, e convivem normal, dizem que sao mansos por serem criados com os cachorros.
No tempo que estivemos la, vimos os pumas fazendo sexo.

Eu tinha medo que os animais nao fosse bem cuidados, mas pelo que vi, parecem bem cuidados. Os animais se reproduzem, isso eh um bom indicio. E os que efetivamente "trabalham", o fazem em turnos, e eles pareciam felizes, tanto que fiquei observando o elefante um tempo com o tratador, e eles estavam brincando de verdade, enquanto nao tinha ninguem para andar no elefante.

O lugar eh vazio, pelo que conversei com uns brasileiros la, nao tem comercial do zoologico, nem no site do governo se menciona o zoo, o dono nao tem interesse de virar ponto turistico, eh tudo no boca a boca. Tinha algumas excursoes de escola, alguns brasileiros e so. Pouca gente.

Comer la foi barato, 40 pesos por 2 almocos e refris. A lojinha de souvenir era barata tambem. Comprar as fotos que eles tiram nao eh dos mais baratos mas tb nao eh caro, saiu uns 50 pesos 8 fotos num dvd. E mesmo assim, nao eh proibido tirar fotos com sua maquina.

Fomos embora de tardinha, o onibus pega ali na porta mesmo. Chegamos em Buenos Aires ja estava escuro. Fomos de metro e depois a pe ate o Hotel, nao achei perigoso andar no centro a noite.

Tango

Eu confesso que nao queria ir ao show de tango de inicio.
Quando pesquisei na internet, via shows de tango por 200 dolares e achei isso muito caro. Queria mesmo era ir numa milonga, uma especie de gafieira de tango, onde o povo estaria dancando, sem show, sem professor, sentir mesmo as pessoas e o tango.

Porem, o guia ofereceu um show de tango por 60 dolares/pessoa, com direito a aula de tango, show, e jantar com bebidas a vontade num lugar chamado Sabor a Tango. Resolvemos ir e nao me arrependi.

Primeiro a aula de tango. Uma hora antes do show, fomos levado para um salao subterraneo, tinha gente de muitos lugares, mas a maioria era brasileiro. O professor ensinou alguns passos basicos de tango, e no fim dancavamos os passos com os professores. Quem nao queria participar, podia so observar.

O professor, alem de muito simpatico, falava tudo em espanhol, ingles e portugues. E tambem demonstrou arriscar o frances e o italiano. Depois da aula, teve o jantar.
Com direito a entrada, prato principal, sobremesa, refrigerante, suco, agua e vinho a vontade.
E nao era miseria nao, tudo com porcoes bem generosas.
Se quisesse tirar foto com os professores vestidos a carater, custava 45 pesos. E tinha tambem uma loja de souvenirs, DVDs de tango e tudo o mais.

O show durou umas 2 horas. Teve de tudo. Eram 8 casais dancando tango (inclusive os professores da aula), 2 cantores de tango (1 homem e 1 mulher), um grupo tradicional do interior, com um cara meio indio tocando flauta e 2 homens e 1 mulher com roupas de gauchos tocando e dancando, no fim teve uma encenacao da evita cantando da varanda da casa rosada (foi tao bonito que muita gente chorou, inclusive eu), e mais umas cenas de tango com historinha e tal.

Eu perguntei la quanto custava o show, e falaram que era 300 pesos (150 reais). Ou seja, comprando com o guia sai no lucro, ja q paguei o equivalente a uns 110 reais, e ainda tive o traslado hotel-tango tambem.

Falando no traslado, na ida fomos num carro so nos 2 e o motorista, na volta voltamos numa van com outros turistas. E tinha um equatoriano muuuuuuuito bebado, que alugou o Reinaldo a viagem inteira. O cara falava meio ingles, meio espanhol, e ficava abracando ele e dizendo "voce eh meu amigo, eu te amo". Acho que bebado eh igual em qualquer lugar do mundo, e o Re, coitado, ate viajando ele atrai bebado.

Todos esses dias chegamos tarde no hotel, tipo 1 ou 2 da manha, e acordavamos cedo, tipo 6 ou 7 da manha. Nesse segundo dia ja estavamos acabados de cansado, mas como a viagem foi curta, aproveitamos o maximo possivel, super cansados mas felizes.

Tour de Compras

A tarde fizemos o tour de compras, tanto esse como o city tour, estavam inclusos no pacote.
Primeiro, fomos no outlet da nike. Comprei um tenis por 100 reais, uma mochila por 40 reais e uma bolsa de viagem por 80 reais. Valeu a pena.

Depois levaram a gente para uma loja de couro e do lado um outlet de marcas famosas. Na loja de couro foi incrivel. Eh mais barato que aqui e a qualidade eh maravilhosa, mas quando se diz barato nao quer dizer que voce vai comprar uma jaqueta de couro por 20 reais, e sim por 500. Mas 500 que voce pagaria 1500 aqui.

A loja chamava Uro Recoleta, na frente do cemiterio. O Re comprou uma jaqueta linda e o melhor, feita sob medida. Eles fazem de um dia pro outro, compramos num dia e no dia seguinte estava no hotel. E como eh feito por encomenda, fica perfeita no corpo.

Eu nao ia comprar nada, mas a moca me deu uma jaqueta para experimentar, e nao eh que ela acertou exatamente a cor e o modelo? Ficou muito boa, e alem disso, era um couro tao leve, mas tao leve, que parecia de algodao. Muuuito melhor que Julian Marcuir.
Ela pegou minhas medidas para ajustar, e a jaqueta ficou perfeita em mim, primeira vez que a manga nao cobre minhas maos ou que a cintura fica no lugar certo.
O preco? Saiu 300 reais a minha e 400 a dele. Eles nao cobram nada a mais para ajustar ou para fazer do seu tamanho, caso precise fazer tamanho grande.

Legal que a moca me disse que pode pedir pela internet e eles entregam no Brasil, ja que eles ja tem nossa medida no cadastro deles. Olha que luxo!

Nos outros outlets eu entrei mas nao comprei nada, era roupa de marca mais barato q no Brasil, mas eu nao uso roupa de marca, entao nada me interessou.

Por fim no levaram para o centro onde tinha mais outlets, e nos fomos pro hotel tomar banho para ir ao show de tango.

City Tour e decepcao no Cafe Tortoni

No segundo dia de viagem, acordamos cedo e comemos o cafe da manha. Tinha um negocio muito bom chamado mesaluna, tipo um croissant doce. Vende ate no McCafe de la.

No city tour, tivemos uma parada no centro historico, que eh na Praca de Maio, onde tem a Casa Rosada (a sede do governo), uma igreja linda chamada Catedral Metropolina, entre outros predios bonitos, o metro e tal.

A praca eh muito famosa por aquele episodio das maes da praca de maio, onde, durante a repressao militar, elas iam la protestar pelas prisoes e pelas mortes de seus filhos. Essa epoca foi pior que no Brasil, muita gente morreu nas maos da ditadura.

A praca, como toda a cidade, eh muito politizada. Enquanto os monumentos sao de presidentes e generais, ha bandeiras, placas e pixacoes de protesto em todo o lugar.
O que eu achei mais incrivel mesmo foram as pixacoes. 90% delas sao politizadas, tanto a favor tanto contra o governo.

Eh nelas que se percebe como o peronismo ainda esta vivo. Tem muita pixacao escrito "descamisados", que eh do movimento peronista. Descamisados era como a Evita chamava o povo pobre.
Tambem tem um acampamento pseudo militar no meio da praca, em homenagem aos mortos na guerra das malvinas e tambem pedindo reconhecimento a quem lutou la.

La eu vi os policiais, eles se chamam Granadeiros, eles sao vestidos iguais aos soldadinhos de chumbo.
Ficamos cerca de meia hora ali, eu queria ter ficado mais.

Depois fomos para o Caminito. O primeiro bairro, criado em frente ao primeiro porto, que nem existe mais, la onde onde se popularizou o Tango. Tem ate a musica do Carlos Gardel chamada Caminito, que eh linda.
E tambem eh o bairro do Boca Juniors. Passamos pelo estadio do boca, chamado "La Bambonera", porque tem o formato de uma caixa de bombom.

O Caminito eh um bairro pobre, cheio de corticos e meio perigoso. Eu nao gostei muito, nao tem muito o que ver, soh umas lojinhas de bugigangas para turistas.
Foi la que comprei os souvenir mais baratinhos para trazer pro Brasil.
Tem muita coisa do Maradona, inclusive um sosia que cobra uns pesos para tirar foto. E uns casais que dancam tango com voce por alguns trocados tambem.

No restaurente do lugar, tocava um axe dos anos 90. No Cassino tambem tocava Skank. Acho que os argentinos gostam de musica brasileira.

Depois fomos para o lado norte da cidade, mas nao teve nenhuma parada. Vimos a Recoleta, o Palermo e o Porto Madero. Passamos em frente as embaixadas, uma mais bonita que a outra, a do Brasil tambem vimos, eh linda.

O passeio acabou no centro e fomos comer no famoso Cafe Tortoni. O mais velho de Buenos Aires, blablabla. Acabou sendo uma grande decepcao. Estava lotado, era tudo caro e a comida nao era nem de longe tao boa quanto do cafe simples que comemos no dia anterior. O bife de chorizo deles era menor que um contra file aqui no Brasil.
E o atendimento? A gente chamava o garcon, e ele simplesmente ignorava e continuava conversando.
Tambem foi o unico lugar que efetivamente pediu os 10% e nao pagamos. Explicamos que fomos mal atendidos, e ate olharam feio pra gente.
Era lindo por dentro, e soh. Nao recomendo.
A conta deu 140 pesos. Comparado com o cassino que foi otimo e cobrou 60, da pra ver a diferenca.

Cassino

Voltamos ao hotel, tomamos banho e nos arrumos para ir ao Cassino.
O taxi do centro ate la deu 15 pesos. Em Buenos Aires eh tudo perto, e por isso compensa muito pegar taxi.

O Cassino fica num barco atracado no porto, no bairro de Porto Madero (um bairro nobre). Tem uma lei la que proibe o cassino dentro da cidade, entao eles fazem no barco, eh um "bug abuse".

A seguranca do Cassino eh melhor que a do aeroporto. Eles te revistam, revistam suas coisas, confiscam tudo que eh eletronico (celular, maquina fotografica, etc), eles guardam e depois vc retira quando sai. Te passam num raio X, detector de metais, tudo.

Dai te liberam para entrar. O Cassino eh bem grande, tem os caca niqueis que lembram os que tem no Brasil, mas sao muuuuuuuito caca niqueis. E as mesas de jogos: tem poker, roleta, black jack, e mais uns que nao lembro o nome.

Voce da o dinheiro direto na mao do crupier e ele te da as fichas. Os caca niqueis tambem aceitam as notas.
Jogamos um pouco de roleta e de caca niqueis, nao ganhamos quase nada. Mas tambem, se gastamos 15 reais foi muito. Os caca niqueis tinham aposta de 5 a 25 centavos, e na roleta com crupier era 5 pesos, mas tinha a roleta eletronica, q a aposta era de 1 peso.

Cada andar tem 1 bar, e no ultimo andar tem um restaurante com vistas para o rio. Comemos la, pedimos um lanche, doces e sucos. O suco estava maravilhoso. Saiu tudo por 60 pesos, e o atendimento foi muito bom.

Levamos do Cassino uma ficha de 5 pesos como souvenier. Nao sei se podia levar, mas tambem nao tinha nada proibindo.

La no Cassino descobrimos a melhor maneira de conseguir pesos: sacando nos caixas eletronicos. Paga-se uma taxa de 11 pesos, mas acho q compensa a comodidade, principalmente pq nao paga pelo cambio de turismo e sim pelo comercial.
Vale comentar que para fazer isso tem que habilitar o cartao uns 2 dias antes ainda no Brasil.

Almocando num cafe

Ja com pesos em maos, fomos comer num cafe perto do hotel. La nao tem boteco, o mais proximo disso sao so cafes simples, que ainda assim sao bem bonitinhos.
Pedimos bife de chorizo para mim e costilla de nao-sei-o-que para o Re. As carnes eram enormes, um palmo de carne com uma largura de uma polegada.
As comidas vem acompanhadas de pure ou batata frita. So isso. E eh maravilhoso.

Pedimos tambem um refrigerante de sabor local, o Pomelo. Tem o da coca e o da pepsi, o da coca tem sabor mais forte, o da pepsi eh mais leve. A garrafa de refri tem 350ml e nao 290ml como aqui.

Li num site que eles nao cobram os 10%, mas eh educado pagar. A conta deu 70 pesos os 2 pratos e uns 6 refrigerentes. Come-se bem e barato em Buenos Aires.
Foi estranho pagar a gorjeta, pois eles nao entendiam gorjeta... eu falei meio em ingles, meio em portunhol, e eles finalmente aceitaram o dinheiro.
Depois fui descobrir que gorjeta se chama "propina". uhahuahuahua

Chegando e trocando dinheiro em Buenos Aires

Chegamos em Buenos Aires na quarta a tarde, como enrolamos no free shop, nao deu tempo de trocar o dinheiro no aeroporto, porque a van so estava esperando a gente chegar para ir embora.

Tinha muito transito na cidade, estava acontecendo algum tipo de manifestacao e levamos umas 2 horas pra chegar no hotel. Passamos por uns bairros bem feios, tipo fabricas abandonadas, com gente dormindo nas portas. Tambem passamos por casas lindas, cada uma tem arquitetura diferente da outra, voce nao ve 2 casas iguais na mesma rua, e eh uma mais bonita que a outra.

Nesse meio tempo deu pra notar 2 coisas: a frota de veiculos da cidade eh antiga, quase nao se ve carros novos, nem os taxis. E os argentinos nao seguem muito as leis de transito, eles andam na contra mao, sobem em cima daquelas "ilhas" de grama que separam as vias. Mas apesar disso, respeitam o pedestre.

Quando finalmente chegamos no hotel, ficamos espantados. Pelo preco que pagamos, o hotel era maravilhoso. Todo chique, com varanda e banheira. Muito bom mesmo.
Os guias falavam em portunhol, dava para entender bem.
No hotel tem varios papeis de restaurantes e passeios, alguns oferecem desconto quando voce leva o papel, compensa dar uma olhada.

O hotel ficava no centro, as ruas sao lindas. Eh como o centro velho de Sao Paulo, so que bem cuidado e sem mendigos. As ruas sao muito estreitas, e a calcada tambem e isso complica ainda mais o transito.

Chegamos so com reais, e tinhamos que trocar o dinheiro. No hotel nos falaram onde ficavam as casas de cambio, ja que os bancos ja estariam fechados.
Andamos ate a Calle Florida para procurar uma casa de cambio. Nos perdemos muito, mas foi bom para conhecer o lugar.
Vimos muitos cafes, ate alguns famosos, passamos pela Avenida 9 de Julho (a guia depois comentou que eh a avenida mais larga do mundo, tem 150mts de pista), nos perdemos, andamos muito e entao encontramos a tal Florida.

Essa Calle Florida eh igual aos calcadoes do centro de Sao Paulo, e os precos sao bem parecidos com os daqui. Entramos na casa da Cambio e alem de eles pagarem muito mal, so iriam trocar se tivessemos com os documentos.
Como o guia disse para nao andarmos com documento, tinhamos deixado tudo no hotel. Foi uma pessima dica, porque ate para passar no cartao de credito eles exigiam RG. Entao, depois disso, passamos a carregar o RG. Mas tem que tomar cuidado, porque se roubam, dizem que eh uma dor de cabeca muito grande para conseguir sair da argentina.

Saindo da casa de cambio sem trocar o dinheiro, estavamos desolados pela ideia de voltar ao hotel, pegar o RG, e voltar para la, sem dinheiro para pegar um taxi.
Foi ai que um senhor muito educado, vestindo terno, nos abordou perguntando se a gente queria trocar real, que ele nao exigia documento. Fiquei impressionada como o cara sacou que a gente era brasileiro e nao tinha conseguido trocar na casa de cambio.
Dai ele levou a gente numa lojinha quase em frente a casa de cambio, uma loja que vendia coisas para celular. Tinha uma portinha, e um cara fazendo cambio la. Pagou melhor que a casa de cambio e nao exigiu documento.
Fiquei com medo de ser nota falsa, mas elas tinham papel moeda e marca dagua, entao aceitamos. E foi um bom negocio.